quarta-feira, 26 de março de 2008

Literatura...

(...)

Para falar de uma coisa, Machado fala de outra. Para pensar sobre uma coisa, nos leva a pensar – e a "ver" – outra. É nas entrelinhas, como dizia Clarice Lispector, que a literatura se escreve. Jogamos a isca – a narrativa literal. Mas, quando essa isca fisga o que realmente interessa, dela já não podemos nos livrar, porque isca e coisa se misturaram. Essa mistura entre o que se diz e o que não se diz, o que se pensa e o que não se pensa, o que se escreve e o que não se escreve é, enfim, a literatura.


José Castello

quarta-feira, 19 de março de 2008

O mar onde encontro a felicidade

O mar onde encontro a felicidade
todos podem admirar,
mas só os mais aventureiros
poderão lá chegar.
É de uma imensidão
que não tem fim.
De uma bravura sem igual.
Mar que sem fazer distinção,
recebe todos no seu areal.
Agrada aos que dele não tem medo,
que nas suas ondas se aventuram,
mas não esquece
os que não tem coragem para tal.
E é nos seus recantos,
cheios de encantos,
onde as ondas batem nas rochas,
mas não as passam,
que os mais medrosos o abraçam.
No mar onde encontro a minha felicidade,
não há poluição.
É um cantinho bem escondido,
onde o Homem não pôs a mão.
E quando chega a noite
na minha cama ao me deitar,
fecho os olhos
e ouço as ondas nas rochas a bater.
É o meu mar a convidar-me,
para quando nascer o Sol,
com ele me envolver.


Paula Loureiro

Quando olho para trás...

Parei pra pensar
Pensar no que estou fazendo da vida
Será mesmo que estou procurando o caminho certo?
Da maneira certa?
Será mesmo que amanhã eu estarei pensando da mesma forma?
Olho para tantas pessoas e noto que elas mudam
Mudam suas formas de pensar
Suas formas de agir
Mas sempre com o mesmo caráter
Com o mesmo jeito de se impor
O jeito em que se exibe é o mesmo
Não sei falando isso eu pareço ser anormal
Mas não na verdade acho que ainda não sou capaz de sentir a minha mudança
Não sou capaz de notar quando estou mudando
Mas depois da mudança as pessoas também mudam com você
É ai em que noto que eu mudei
Não sei se para o certo
Para o errado
Não sei se todos gostaram
Ou se não gostaram
Mas tenho em mente a idéia de que estamos aqui para buscar nossos objetivos
Nossos ideais
E fazer de nosso destino o nosso caminho
A nossa própria história
E é nessa história é que me vejo em aprendizado
Coisas que fiz de errado
Mas também vêm certos momentos que rodam como um filme em minha frente
Coisas que pensei ser um futuro
Mas foi apenas uma tentativa frustrada
Uma coisa que aconteceu
Uma coisa que esperei
Uma coisa que pensei ser progresso
Acabou
Apenas acabou
Sem nenhum brilho
Apenas ficou uma expectativa que logo acabou ao decorrer dos dias
São coisas que me faz pensar
Será que a felicidade é isso?
Será que a felicidade é apenas momentânea?
Será mesmo que felicidade é só aquele estado que vem e que passa?
Será que iremos buscar?E buscar?
E deixar tudo passar
Como se nada houvesse tido importância
Não acho que seja em vão lembrar um passado bom
Isso me trás satisfação
O difícil é ter que ver as coisas virem e depois partirem nessa velocidade
Em que me faz pensar que foi insignificante
Não pra mim
Mas para todos em um contexto
Tudo me faz pensar
Será que estou certo?
Será que estou no caminho certo?
Será que estamos no caminho certo?
Será o que iremos significar amanhã?

As pessoas não parecem dar mais importância
As pessoas mão parecem respeitar como antes
Nosso passado está sendo apagado lentamente
Fazendo com que tudo se torne insignificante

Autor Desconhecido




sábado, 15 de março de 2008

Onde estão minhas meias?

Perguntas sem respostas...

Pensamentos inexplicáveis...

Assombro de uma noite sem lembranças...

Porque sempre volta? Porque não me deixa ser alguém? Porque não posso ser feliz?

Alguém viu minhas meias?

Porque a satisfação sempre foge quando penso que estou agarrado a ela? Chega de lutar. Eu quero ser somente esse "Diogo"... Porque teimas em me abandonar?

(...)

Quem sou eu? Onde eu moro? Onde eu durmo?

Será que sou uma pessoa boa? Pensando bem ser bom é relativo... Será que na maioria das vezes sou uma pessoa boa ou má?

Qual o meu verdadeiro objetivo nisso tudo? Será que a minha missão irá chegar um dia?

Qual o talher que uso para comer salada? Me vejo com um rosto de menino, perdido, ante tanta atribuição.

(...)

Quero fugir...abandonar tudo e me exilar, como um monge procura seu mosteiro no alto do himalaia... Seria ruim? Afinal a minha paz está cada vez mais distante.

(...)

Como devo me portar? Será que sou um covarde?

Onde estão minhas meias? Nesse frio preciso cobrir os pés...

(...)

Onde devo procurar respostas? Elas sempre me fogem...

Minha esperança sucumbe perante aos inimigos e novamente não sou mais o "Diogo"...

Poderia simplesmente dançar sob a chuva? Cantar no chuveiro?
Usarei meias novamente?

(...)

Onde estás Diogo?!... Não me abandone! Preciso de ti...

Minhas roupas parecem tão velhas... Acho que chegou a hora de renovar o guarda-roupa...

(...)

Porque chove?

Onde colocaram minhas meias?

Diogo

quarta-feira, 12 de março de 2008

Le Parkour - Xbox

"Can you do it?
They asked.
Anyone can do it' I said.
I don't think they believed me though.

You see, for as long as I can remember, I've pushed myself to do what normal people would consider impossible.

I'm always on the edge. Dance in the blade of perfection.

Really is no room for error.
Hmm, to not be controlled.

Well, it's game over!

You're got to think beyond walls, beyond boundries.
Push your mind, to except that there are none, it's only impossible because you've been told it is.

Hmm? You need to be a master of your environment, not a servant to it.

When I realized this, everything changed!
What was down, became up.
Long, became short.
Liquid, became solid.
These days, nothing's what it seems.

That's when I did my first slip.
I was looking at where my hand should have been. And it wasn't!

But like I said, I'm not special. Anyone can do this.
Just need to know what button to press..."

Tradução:

"Você consegue?"
Eles me perguntam.
E eu respondo que qualquer um é capaz.

Acho que eles não acreditam.

É que desde que consigo me recordar fui impelido a fazer o que pessoas normais considerariam impossível.
Dessa forma eu estou sempre no topo, flambando na lâmina da perfeição.

Realmente não há chance para erros.
Perder o controle...
Bem...é o "fim do jogo"!

Precisa pensar além das paredes, além das fronteiras.
Fazer a mente acreditar que elas não existem.

O impossível existe porque te falaram dele.

Você precisa ser o manipulador do seu meio, e não um fantoche.

Quando descobri isso, tudo mudou!
"O de baixo", se tornou "o de cima".
O grande, pequeno.
Líquido tornou-se sólido.
Agora, nada é o que parece ser.

Foi aí que cometi meu primeiro erro.
Eu procurava aonde minhas mãos deveriam estar e elas não estavam.

Mas como disse: eu não sou especial.
Qualquer um pode fazer.
Basta saber qual botão apertar...


Propaganda do Xbox baseado no esporte Le Parkour.

Link para o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=m1CxNMLrfT4