domingo, 31 de agosto de 2008

Eternal Sunshine of the Spotless Mind

"How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd."

......

Feliz é a inocente vestal!
Esquecendo o mundo e sendo por ele esquecida.
Brilho eterno de uma mente sem lembranças
Toda prece é ouvida, toda graça se alcança...

Alexander Pope

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Brasil über alles

Guadalajara. Jogo duro. Carlos Alberto acerta Lee.

Xangai. Marta voa sobre a adversária.

Os juízes fazem vista grossa.

Guadalajara.

Tostão mete a bola entre as pernas de Bobby Moore.

A bola passa por Pelé...

Uma bomba de Jairzinho acerta o ângulo de Banks.

Xangai.

Cristiane dribla mortal entre as pernas da zagueira alemã.

A bola passa por Marta?

Uma bomba de Formiga ganha as redes de Angerer.

A seleção de 70 era mestre no contra-ataque imortal?

Marta recebe na sua intermediária e avança. Livre.

Érica atrai a marcação e a bola sai dos pés de Marta. Simples e solene.

Cristiane surge clarividente e toca de canhota no canto, rasteiro, gol.

Tostão?

Novo contra-ataque. A bola chega aos pés de Marta.

No instante seguinte a bola ganha as redes sutil: 3 x 1.

Fim de jogo. Bola de pé em pé.

Será Clodoaldo fintando quatro italianos?

Não! É Cristiane dançando entre as alemães: 4 x 1!

Milagre de Félix. Milagre de Bárbara.

Guadalajara já não é Xangai. Subitamente surge sobre o mar um estádio Azteca.

Azteca, casa do futebol nos Jogos Olímpicos de 1968. Há 40 anos.

Quando as mulheres batiam palmas e não ousavam entrar em campo.

Azteca que testemunhou a maior seleção de todos os tempos em 1970. Pós Jalisco.

Azteca que hoje renasceu. Pirâmide sobre o Yang-Tsé.

Porque no futebol, Brasil über alles!


Roberto Vieira