terça-feira, 19 de agosto de 2008

Brasil über alles

Guadalajara. Jogo duro. Carlos Alberto acerta Lee.

Xangai. Marta voa sobre a adversária.

Os juízes fazem vista grossa.

Guadalajara.

Tostão mete a bola entre as pernas de Bobby Moore.

A bola passa por Pelé...

Uma bomba de Jairzinho acerta o ângulo de Banks.

Xangai.

Cristiane dribla mortal entre as pernas da zagueira alemã.

A bola passa por Marta?

Uma bomba de Formiga ganha as redes de Angerer.

A seleção de 70 era mestre no contra-ataque imortal?

Marta recebe na sua intermediária e avança. Livre.

Érica atrai a marcação e a bola sai dos pés de Marta. Simples e solene.

Cristiane surge clarividente e toca de canhota no canto, rasteiro, gol.

Tostão?

Novo contra-ataque. A bola chega aos pés de Marta.

No instante seguinte a bola ganha as redes sutil: 3 x 1.

Fim de jogo. Bola de pé em pé.

Será Clodoaldo fintando quatro italianos?

Não! É Cristiane dançando entre as alemães: 4 x 1!

Milagre de Félix. Milagre de Bárbara.

Guadalajara já não é Xangai. Subitamente surge sobre o mar um estádio Azteca.

Azteca, casa do futebol nos Jogos Olímpicos de 1968. Há 40 anos.

Quando as mulheres batiam palmas e não ousavam entrar em campo.

Azteca que testemunhou a maior seleção de todos os tempos em 1970. Pós Jalisco.

Azteca que hoje renasceu. Pirâmide sobre o Yang-Tsé.

Porque no futebol, Brasil über alles!


Roberto Vieira


Nenhum comentário: