quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Que Brasil disputará a Copa de 2014?

O Brasil vai ser a sede da Copa do Mundo de 2014!

Mas perguntar não ofende: Qual o Brasil vai disputar o Mundial de 2014?

É a pergunta que anda nos céus, anda nas bocas dentadas e desdentadas de milhões de brasileiros.

Qual o Brasil de 2014?

O Brasil dos jogadores geniais, prodigiosos, ímpares?

Ou o Brasil dos 22 jogadores na Ucrânia, Turquia e Polônia?

Algum jogador brasileiro saberá falar português em 2014?

Ou seremos como a Irlanda, um país mais populoso no estrangeiro que em seu próprio território?

Qual o Brasil de 2014?

O país dos sequestros, dos bondes, dos Bopes?

Ou o país deitado em berço esplêndido e abençoado por Deus?

O país das favelas em progressão geométrica?

Ou o país que derrotou o analfabetismo?

Qual o Brasil de 2014?

O país em que a justiça e a cidadania sejam favas contadas?

Ou que ainda sejam cartas fora do baralho?

Haverá fome no Brasil de 2014?

Haverá filas nas emergências hospitalares?

Ou haverá apenas uma Arena no meio da selva tropical com propaganda multinacional?

A final da Copa de 2014 não será disputada em julho de 2014.

A final da Copa será disputada a cada dia dos 2000 dias que temos para organizar a Copa.

Porque, por enquanto, a Copa é apenas dos empresários e dos políticos.

Falta muito para que ela possa ser a Copa do povo brasileiro.

Povo que deveria se perguntar, desde já:

Qual o Brasil vai disputar o Mundial de 2014?

Roberto Vieira


terça-feira, 23 de outubro de 2007

O Nascimento de Edson Arantes

23 de outubro. Os jornais se derramarão em versos ao gênio de Pelé.

E esquecerão o menino Edson.

Porque 23 de outubro não é o nascimento de Pelé.

23 de outubro é o dia de nascimento do menino Edson. Filho de João e Maria.

O Edson engraxate, como tantos outros Edsons deste país.

O Edson correndo atrás de uma bola pelos campinhos de pelada desse país.

O Edson que teve a sorte de ter um pai e uma mãe amorosos, ao contrário de tantos Edsons deste país.

Quando Edson nasceu, no distante ano de 1940, o Brasil engatinhava no futebol.

Jogamos sete partidas naquele ano. Ganhamos uma.

O Brasil vivia no escuro. Tinha medo de Bicho-Papão, que se chamava Argentina.

Tinha medo de Papa-Figo, que se chamava Uruguai.

Já o Edson não tinha medo de nada. Pois como JK, outro mineiro ilustre, Deus o poupou do sentimento do medo.

Aos 12 anos Edson deslumbrava os sábios do Templo, mas Dona Maria Celeste tinha medo.

O futebol era traiçoeiro.

Dos milhares de Edsons que amaram uma bola nesse país, a grande maioria era analfabeta e morria antes de chegar na idade adulta.

Morria de febre, vômito, diarréia e ignorância.

E morria gritando 'Gol'.

Mas Deus é brasileiro. E nosso Edson vive até hoje. Porém só o chamam de Pelé.

Pelé, como todo gênio que se preza, nasceu mil vezes.

A primeira vez no dia 7 de setembro de 1956 quando estreou no Santos.

A outra em 7 de julho de 1957 quando estreou na Seleção Brasileira.

Mas 23 de outubro não é dia de falar de Pelé.

Porque no dia 23 de outubro nasceu o Edson.

E temos de cuidar dos muitos Edsons que sonham em ser reis.

Porém, que na maioria das vezes, acordam abandonados em seu próprio sonho.

Gritando 'Gol'.

Roberto Vieira

domingo, 14 de outubro de 2007

Meu Sangue

A rotina já se estabeleceu
Toda a noite, praticamente no mesmo horário
Ele entra em meu quarto
Ela, predadora, louca por sangue
Eu, preia, cujo maior prazer é ser caçado
Meu algoz segue seu ritual rotineiro
Se aproxima de mim
Seu hálito em minha boca
Me beija, me abraça, me morde
Louca, loucura
Quando vê que me entrego de corpo e alma
Ela recua, mesmo não sendo esse seu intento
Ela sabe que eu pagaria um preço muito alto
Mas sei que não me incomodaria
Seria um preço justo pelo que eu ganharia
Mas apenas ela pode decidi-lo
Não eu
Ela controla
Eu sou controlado
Ela se alimenta
Eu amo

Colaba

Café com Queijo

Talvez só hoje entenda o bandeirante,
Que enfrentou mil perigos nas Gerais.
Mas se ele buscava ouro ou diamante,
Buscaria eu só você, nada mais...

De todos os tesouros o mais brilhante
Deusa, elfa, senhora... Tanto faz.
Pois já não sigo os passos de Cervantes,
Lutar contra moinhos nunca mais!

E já não faço conta do perigo...
Vejo um belo horizonte em minha vida
Torno-me fortaleza... Um abrigo...

Se um conto já me honra contigo,
Pode imaginar ao que me convida?
Ser pai de um filho teu... Ser teu marido...

Colaba

Prity

Pequena borboleta sorridente,
A cantar, espalhando sua alegria...
E àquele que então a compreende,
Sua formosura logo o contagia...

É menina, irmã, mia confidente...
O que falar mais dela eu poderia?
A boca não diz o que o peito sente...
Mas que adoro você, ela diria.

E se um destino já nos vem traçado,
Fui vítima de uma grande chacota...
Porque o meu foi todo renovado...

Já que no fim, fui todo abençoado...
Levei ao mesmo tempo uma filhota,
E uma parceira de Campo Minado...

Colaba

O Outro Lado

Provei sensações que poucos conheceram
E deste lado, posso ver tudo o que não via
Meus erros, inúmeros e fúteis...
Coisas sem valor, sem sentido...
Como não gostar de alguém sem ao menos conhecê-lo?
Sem que este tenha feito algo de mal?
O ser humano é realmente assustador...
Todos somos!
Se antes pudesse ver o que hoje vejo...
Sentir o que hoje sinto...
Talvez tivesse sido mais honrado,
Mais leal,
Mais fiel,
Mais humano...
Apenas a senhora negra pode nos mostrar certas coisas...
Infelizmente...

Eu, como muitos outros,
Poderia ter sido mais feliz...
Se vivesse diariamente o último dia!
Mas não...
Reservei para meu último dia, um dia triste
Um dia de choro e velas...
Eu, já um ser definhado, acabado e sujo...
Que não amou,
Que não sorriu,
Que não teve prazeres com a vida...
Mesmo pensando o contrário!
Se pudesse retornar e consertar meus erros
Não! Não seria justo...
Pelo menos neste dia de partida,
Pretendo ser uma pessoa melhor...
Deixo para trás o mau exemplo,
E a vontade de que não o sigam...

Colaba

Paladino

Já foi tudo muito mais fácil!
Só bastava um movimento rápido de minha espada,
Eu só dependia de mim...
Pena que já não seja mais assim
Deus, me perdoe por não tentar mais lutar
Por não fazer mais parte do bom combate!
Tento me apegar à minha armadura
Ficar na defensiva...
Me proteger por detrás de meu escudo
Sei que não é tão fácil...
Meu cavalo já não me respeita
Minhas armas já não me pertencem
Talvez realmente seja a hora de parar de lutar
De entregar os pontos
O inimigo é muito forte
Mas não, não irei me render à ele
Outros ainda dependem de mim
Da minha luta
Do meu exemplo
Se continuar, mesmo padecendo, outros me seguirão
Quem sabe eles tenham chance
Mas se eu parar, muitos desistirão
Deixarão de lutar
Se não posso mais levar minha espada,
Levarei o estandarte
Se não posso vestir minha armadura,
Vestirei-me com minha honra
Se não posso contar com meu cavalo,
Contarei com minha fé!


Colaba

Leve Bater de Asas

Faceira e sorridente ela vinha correndo.

Quantos anos teria? Seis? Talvez sete?

O certo é que vinha correndo, para finalmente sentar-se no chão. Pernas abertas, um pé encostado no outro. Seu jeito menina de sentar-se.

Observava à tudo. A grama, seus dedos, as nuvens. Até que vê uma borboleta pousada no espaço entre as suas pernas.

Suavemente a toca. Parecia que desejava que a borboleta repentinamente começasse a voar sozinha. Que batesse asas. Mas ela não responde...

Então passa a massagear-lhe o corpo, como numa massagem cardíaca. Num movimento de vai-e-vem que aos poucos chega a um ritmo frenético.

Ela sente uma estranha alegria e sorri. Mas a borboleta ainda não responde...

Estaria morta?

Não... Parecia que um líquido vertia dela.

Sua mãe sempre a alertara sobre o perigo das borboletas. Belas e desejáveis, mas que sempre devem ser deixadas aonde estão, pois são perigosas. Não deve-se tocá-las, seu fluído cega.

Deixou a borboleta de lado e levantou-se, voltando a correr despreocupada e tão faceira e sorridente quanto outrora.

A borboleta não batera asas, mas ela sabia que um dia bateria...

Colaba

Destino

Você me apareceu sem que eu esperasse,
Pra preencher meus sonhos de menino...
E mui logo no peito um algo nasce,
Como posso eu chamar, senão destino?

Pois mesmo quem amou com tanta classe,
E conheceu mais que um faro fino...
Jamais sentiu loucura que matasse,
O mais feroz de todos os felinos!

E se me entrego num sorriso apenas,
Sorriso este que beira um infantil...
Não digas ser por tão somente cena...

Já que não lanço sem ter duras penas,
Sorriso que só um coração sentiu...
Ser mais bela entre todas as pequenas...

Colaba

Nova Cinderela

Achava-me nesta noite tão bela,
Noutro perder-me só de pensamentos...
Até que te encontrei, bela donzela,
A senhora que atiça os sentimentos!

Numa noite estrelada, minha cela,
Dama negra a me dar tamanho alento...
Portando-me numa total cautela,
Quem já chorou, não quer mais sofrimento!

Conhecendo eu, tais bons elementos...
Mas tendo a lua só por sentinela,
De mia culpa, sei que tenho parcela!

E não nego os meus vãos contentamentos,
Pois se antes sentia amor naquela,
Hoje tenho a mais nova Cinderela!


Colaba

Soneto de Menino

Diva pequena, dos olhos Pueris..
Dona de sabedoria suprema,
Bela, que coloca-me num dilema...
Seria eu mestre, ou simples aprendiz?

Nesse peito, órgão ou cicatriz?
Seja este sentimento, ou mero edema,
Doce criatura, oh linda morena...
Como há tempos não podia, fui feliz...

Quase concentrava-me numa filha,
Seria uma mulher? Oh doce armadilha!
Minha mente vaga o inexistente...

E por tal mensagem, aqui espero,
Resposta àquilo a que me desespero!
Desejo a carta? Seria o remetente?


Colaba

Ovo Colorido

Seria justo amar-te e não ter-te?
Mas assim é que diz o meu peito...
E se em ti me perco nesse flerte,
O que tiver que ser, será aceito...

O que já senti tudo hoje converte...
Para falar sobre isso sou suspeito!
O coração no meu peito se inverte,
Sei que mui grato sou por ser o eleito!

E'inda que belo seja o exterior,
Pra mim, és como uma caixa de leite,
Que dentro de si traz todo o sabor...

Ainda que me possa trazer dor,
Tua presença é meu maior deleite...
Contigo divido um ovo de cor!


Colaba

Sentimento Verdadeiro

Poderia começar esse texto de inúmeras formas, mas vou confessar que sou péssimo para isso. Realmente dar o "pontapé inicial" nunca foi o meu forte. Por isso, vou ser bem direto como normalmente faço...

"Porque quando alguma coisa está indo bem, sempre acontece algo inesperado?"

Isso acontece porque nós estamos vivos e enquanto isso for verdade, o perfeito nunca irá durar para sempre. Se algo inesperado não acontecer, temos uma monotonia e consequentemente o desuso toma a incitiavita.

A perfeição cai em seguida e não planejamos esse acontecimento, logo o inesperado, obrigatoriamente tem que ocorrer...

É como se estivéssemos presos a isso e a única saída é lutar...

"Mas como podemos vencer essa batalha e equilibrar a balança novamente?"

A resposta para esta só nos faz ver como a vida é interessante. Simplesmente não há uma única resposta para essa pergunta, talvez possa até não ter resposta...

"Então a quem eu devo recorrer nesse momento? Onde posso conseguir forças para combater o que me aflige?"

Somente dentro de si...

Recorrer ao seu interior. O coração, à caixa onde estão guardados os sentimentos mais verdadeiros e as sinceras emoções de su' alma.

Os recursos para tal são variados e não existe uma receita para alcançar a certeza. Existe apenas a prática, pois essa nos leva a "perfeição"...

"Jogo de palavras... Esse recurso não pode nos dizer a verdade. É imcabível explicar o sentimento de maneira tão irresponsável"

A vida é simples e por mais que vejamos de outro modo, querer complicar implica em jamais amar, ou jamais perceber o amor a sua volta...

Temos que refletir junto ao coração, buscar soluções e agir, ao invés de procurar expressões matemáticas em simples substantivos abstratos...

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Se realmente não acredita em simples solução, monte todo o "conjunto verdade" da sua vida:

Procure aqueles que são importantes, de modo que você não consiga viver sem eles. Mostre-os o quão importantes eles são à você e não tenha medo de errar.


Pratique!!! Tenha a certeza de que seus sentimentos são sinceros e transpareça-os aos que merecem...

Com o tempo verás que a caixa não está mais escondida e que agora buscá-la é algo corriqueiro. Terás a certeza que o teu coração está em sintonia com a sua vida...


A consequência?

O sofrimento acaba junto ao inesperado, a perfeição recebe seu lugar de direito e começamos a sonhar novamente, pedindo para que esse sentimento dure para sempre...


Feito por mim mesmo ^.^

PS. Ainda tem muita coisa pra revisar por aqui, mas eu acho que quem ler vai entender...vou acertar os erros futuramente. Prometo, mas somente aos que lerem....hehehehehehe

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Wear Sunscreen

Se eu pudesse dar um conselho em relação ao futuro, eu diria:"usem filtro solar". O uso em longo prazo do filtro solar, foi cientificamente provado. Os demais conselhos que dou baseiam-se unicamente em minha própria experiência.
Eu lhes darei esse conselho:
Desfrute do poder e da beleza da sua juventude.

Oh, esqueça...
Você só vai compreender o poder e a beleza quando já tiverem desaparecido. Mas acredite em mim. Dentro de vinte anos você olhará suas fotos e compreenderá de um jeito que você não pode compreender agora quantas possibilidades se abriram para você e o quão fabuloso você era... Você não é tão gordo(a) quanto você imagina.

Não se preocupe com o futuro.
Ou se preocupe, mas saiba que se preocupar é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de álgebra mascando chiclete. É quase certo que os problemas que realmente têm importância em sua vida, são aqueles que nunca passaram pela sua mente, tipo aqueles que tomam conta da sua mente às 4 horas da tarde de uma terça-feira ociosa.



Todos os dias faça alguma coisa que te assuste.

Cante.

Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável.
Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação aos seus sentimentos.

Relaxe.

Não perca tempo com inveja. Às vezes você ganha, às vezes você perde. A corrida é longa, e no final, tem que contar só com você.

Lembre-se dos elogios que você recebe. Esqueça dos insultos.
(Se você conseguir fazer isso, me diga como...)



Guarde suas cartas de amor.
Jogue fora seus velhos extratos bancários.

Estique-se.

Não tenha sentimento de culpa por não saber o que você quer fazer da sua vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos 22 anos, nenhuma idéia do que fariam na vida. Algumas das pessoas interessantes de 40 anos que eu conheço ainda não sabem.

Tome bastante cálcio.

Seja gentil com seus joelhos.
Você sentirá falta deles quando não funcionarem mais.

Talvez você se case, talvez não. Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez você se divorcie aos 40.
Talvez você dance uma valsinha quando fizer 75 anos de casamento.
O que você fizer, não se orgulhe, nem se critique demais.
Todas as suas escolhas tem 50% de chance de dar certo. Como as escolhas de todos os demais.



Curta seu corpo da maneira que puder.
Use-o de todas as formas que puder.
Não tenha medo dele ou do que as outras pessoas pensam dele.
Ele é o maior instrumento que você possuirá.

Dance.
Mesmo que o único lugar que você tenha para dançar seja sua sala de estar.

Leia todas as indicações, mesmo que você não as siga.

Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se sentir feio.

Saiba entender seus pais.
Você não sabe a falta que você vai sentir deles quando eles forem embora pra valer.

Seja agradável com seus irmãos. Eles são seu melhor vínculo com o passado e aqueles que, no futuro, provavelmente nunca deixarão você na mão.

Entenda que os amigos vão e vem, mas que há um punhado deles, preciosos, que você tem que guardar com muito carinho.



Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos e os obstáculos da vida, porque quanto mais você envelhece, tanto mais precisa das pessoas que te conheceram quando você era jovem.

More em New York City uma vez.
Mas mude-se antes que ela te transforme em uma pessoa dura.

More no Norte da California uma vez.
Mas mude-se antes de tornar-se uma pessoa muito mole.

Viaje.

Aceite algumas verdades eternas:
Os preços vão subir,
os políticos são mulherengos e
você também vai envelhecer.
E quando você envelhecer, você fantasiará que quando você era jovem:
os preços eram razoáveis,
os políticos eram nobres e
as crianças respeitavam os mais velhos.

Respeite as pessoas mais velhas.



Não espere apoio de ninguém.
Talvez você tenha um fundo de garantia.
Talvez você tenha um cônjuge rico.
Mas você nunca sabe quando um ou outro pode desaparecer.

Não mexa muito em seu cabelo.
Senão, quando tiver quarenta anos, vai ficar com a aparência de oitenta e cinco.

Tenha cuidado com as pessoas que lhe dão conselhos.
Mas seja paciente com elas.
Conselho é uma forma de nostalgia.
Dar conselho é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço muito maior do que realmente vale.

Mas acredite em mim, quando eu falo do filtro solar.

Texto originalmente lido por um orador em uma cerimônia de formatura nos EUA no ano de 1997

PS.: Comercial feito do texto -> Link do Youtube.