quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Carta a um desconhecido

Acordei pensando em você. Pensamento fixo mesmo, daqueles que a gente não consegue desviar.
Saí da cama morrendo de vontade de te ver. Seria ótimo poder dar um beijo de bom dia. Acho que sonhei com o seu abraço, sua voz falando coisas suaves. Não lembro bem...
Ando pela rua, indo para o trabalho e imagino o que você deve estar fazendo. Que roupa pode estar usando. Hoje está fazendo sol. A luz clara acerta meus óculos escuros e esquenta meu rosto e eu desejo que você esteja tão feliz quanto estou, pensando em mim, desejando que nossos caminhos se cruzem logo.
Ajeito meu cabelo, verifico se minha roupa não está torta. Você pode estar ao meu lado, como eu vou saber? Abro um livro e lá vem você novamente na minha cabeça. É aqui que você mora por enquanto. Fico com vontade de marcar um trecho do livro para ler pra você. Por que eu sei que você vai gostar desse livro. Assim como deve gostar de sorvete, de chocolate e de música.
A gente ainda não se conhece. Não sei qual sua cor preferida, nem como você gosta de tomar seu café, ou a cor dos seus olhos. Você ainda não sabe que eu acordo de bom humor todos os dias, que choro com coisas idiotas na TV, que sou míope e vivo sem óculos. Mas não importa. Você está por aí, construindo sua história, enquanto eu faço o mesmo do lado de cá. E uma hora qualquer, em um dia totalmente pacato, iremos cruzar nossos olhares numa daquelas cenas dignas de filme. Por que se é pra sonhar com o homem que realmente me fará feliz, é assim que tem que ser.

Carol Moraes

Um comentário:

Ana Aitak disse...

Concordo, um sonho bonito desse, tem que ser desse jeito...

Bjuss