sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Aprenda como chamar a polícia

Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.

Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.

Como minha casa é muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas é claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranqüilamente.

Liguei baixinho para a polícia informei a situação e o meu endereço.

Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa.

Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.

Um minuto depois liguei de novo e eu disse com a voz calma: "Olá, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12 que tenho guardada em casa para estas situações. Putz, o tiro fez um estrago danado no cara!"

Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e os direitos humanos.

Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Secretário de Segurança ou do governador do estado.

No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: "Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão."

Eu respondi: "Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível..."

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