Guadalajara. Jogo duro. Carlos Alberto acerta Lee.
Xangai. Marta voa sobre a adversária.
Os juízes fazem vista grossa.
Guadalajara.
Tostão mete a bola entre as pernas de Bobby Moore.
A bola passa por Pelé...
Uma bomba de Jairzinho acerta o ângulo de Banks.
Xangai.
Cristiane dribla mortal entre as pernas da zagueira alemã.
A bola passa por Marta?
Uma bomba de Formiga ganha as redes de Angerer.
A seleção de 70 era mestre no contra-ataque imortal?
Marta recebe na sua intermediária e avança. Livre.
Érica atrai a marcação e a bola sai dos pés de Marta. Simples e solene.
Cristiane surge clarividente e toca de canhota no canto, rasteiro, gol.
Tostão?
Novo contra-ataque. A bola chega aos pés de Marta.
No instante seguinte a bola ganha as redes sutil: 3 x 1.
Fim de jogo. Bola de pé em pé.
Será Clodoaldo fintando quatro italianos?
Não! É Cristiane dançando entre as alemães: 4 x 1!
Milagre de Félix. Milagre de Bárbara.
Guadalajara já não é Xangai. Subitamente surge sobre o mar um estádio Azteca.
Azteca, casa do futebol nos Jogos Olímpicos de 1968. Há 40 anos.
Quando as mulheres batiam palmas e não ousavam entrar em campo.
Azteca que testemunhou a maior seleção de todos os tempos em 1970. Pós Jalisco.
Azteca que hoje renasceu. Pirâmide sobre o Yang-Tsé.
Porque no futebol, Brasil über alles!
Roberto Vieira
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